terça-feira, 24 de julho de 2007

Antonio Botto

Tenho a certeza
De que entre nós tudo acabou.
Não há bem que sempre dure,
E o meu, bem pouco durou.

Não levantes os teus braços
Para de novo cingir
A minha carne de seda;
Vou deixar-te, vou partir!

E se um dia te lembrares
Dos meus olhos cor de bronze
E do meu corpo franzino,
Acalma
A tua sensualidade
Bebendo vinho e cantando
Os versos que te mandei
Naquela tarde cinzenta!

Adeus!
Quem fica sofre, bem sei;
Mas sofre mais quem se ausenta!

Um comentário:

Clarice disse...

Um poeta excelente, pena que não há indicação de fonte.
Sugiro:

http://usuarios.cultura.com.br/migliari/po_ab1.htm
abs